Química entre Nós


Can Etik (13 Anos), Turquia. “Chemistry is Everywhere” em
Chemistry International (IUPAC) Vol. 25 Nov-Dez 2003
A Química é uma Ciência fundamental para o desenvolvimento sustentável do nosso planeta e para o aumento da nossa qualidade de vida, sendo omnipresente em tudo o que nos rodeia.
Desde a origem do Universo foram acontecendo transformações até se chegar ao mundo material de que hoje fazemos parte, constituído basicamente por átomos dispostos e interactuando entre si formando aquilo a que chamamos matéria. Neste minúsculo ponto do Universo a que chamamos “Terra” tudo o que vemos é constituído por átomos. E se vemos é porque existimos e se existimos é porque num tempo longínquo aconteceram reacções químicas fundamentais que promoveram a origem da Vida no nosso planeta.
Nós existimos e vivemos porque as nossas células são autênticas fábricas de transformações químicas que garantem a realização dos inúmeros processos metabólicos necessários à nossa sobrevivência. Para vivermos com a melhor qualidade de vida possível, a Química desempenhou e continua a desempenhar um papel fundamental. Se hoje temos medicamentos que nos curam de enfermidades, melhoram a nossa saúde e nos prolonga a vida, em grande parte o devemos aos Químicos que souberam fazer com que os átomos se juntassem de forma a obter substâncias como os antibióticos, os analgésicos, anti-inflamatórios, anti-depressivos, anti-neoplásicos, além dos anestésicos que permitem intervenções cirúrgicas sem dor, entre outras. Quem não conhece o ácido acetilsalicílico… Não conhece? Está bem, lá estão os químicos a usar palavrões impronunciáveis… E Aspirina ®, diz-lhe alguma coisa? Creio que sim… É apenas o medicamento mais conhecido e consumido em tudo o mundo, com uma produção anual estimada de 50.000 toneladas. Como curiosidade, em 1999 sopraram-se cem velas da sua existência.

Utilização de Produtos Naturais para a Produção de Carvões Activados

Partícula de carvão activado
Como a maior parte dos leitores saberá a actividade agrícola produz um conjunto variado de sub-produtos e resíduos, por exemplo resultantes da poda e da extracção dos produtos principais. Para além disso, existem também um conjunto de actividades industriais que usam produtos naturais no seu processo, resultando daí alguns resíduos industriais, tal como por exemplo na torrefação do café.
Está em curso na Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, mais concretamente no Grupo de Química de Superfícies do Centro de Química de Évora, um projecto que visa estudar a reutilização destes resíduos industriais e a utilização de alguns produtos e sub-produtos agrícolas para a produção de carvões activados, criando assim mais-valias económicas para estes produtos.
Este projecto intitulado: “Estudo da Influência da Composição dos Precursores Lenhocelulosicos nas Características dos Carvões Activados Produzidos” é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (projecto PTDC/CTM/66552/2006) e está a estudar a utilização de colza, girassol, esparto, videira, casca de amêndoa e também endocarpo de café (resíduo da NovaDelta) e lamas do tratamento primários da Portucel (Setúbal) para a produção de carvões activados por processos de activação com dióxido de carbono e vapor de água. Durante o processo de produção as matérias-primas sofrem uma queima controlada num forno horizontal, a temperaturas entre 500 e 900ºC de forma a produzir um material cheio de buracos, os poros, utilizados para adsorver, ou aprisionar, os compostos e substâncias que queremos remover das soluções.
Mas, o que é um carvão activado?

Porque é que se deve tratar a água das piscinas?

A utilização de piscinas tem sofrido nos últimos anos um crescimento notável devido a uma maior consciencialização da importância social e dos benefícios físicos e psicológicos que esta actividade proporciona. Este incremento na utilização de piscinas deve-se ainda a factores como o nível de poluição das águas fluviais e costeiras e a crescente dificuldade no acesso às praias por sobrelotação. Ao interesse por esta actividade lúdica tem correspondido um investimento (público e privado) na construção de novas e cada vez mais sofisticadas instalações desportivas destinadas não só à prática da natação, mas também à fruição de espaços públicos requalificados. Estes investimentos vieram contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias (equipamento e produtos) que minimizam os eventuais efeitos negativos para a saúde pública associados à qualidade da água das piscinas.
Para além de um tratamento físico (completa o ciclo de limpeza, pela filtragem da piscina, aspiração da sujidade depositada no fundo) é imprescindível assegurar à água de uma piscina um tratamento químico correcto e regular de modo a que ela esteja sempre em perfeitas condições de utilização. Sem este tratamento a piscina poderá representar um risco para a saúde e segurança dos seus utilizadores. Para que isso não aconteça existe uma variada gama de produtos químicos que vão desde os correctores de pH e de equilíbrio da água, aos clarificantes, desinfectantes e algicidas, para a realização de um tratamento químico eficaz, de acordo com as seguintes funções:

O que são polímeros e porque são interessantes?

A palavra polímeros vem do grego polumeres, que quer dizer “ter muitas partes”. Os polímeros são moléculas muito grandes constituídas pela repetição de pequenas e simples unidades químicas, denominadas de monómeros (do grego “mono” – um).
Os polímeros sempre fizeram parte do quotidiano humano. Desde os tempos mais remotos o homem tem usado polímeros naturais como amido, celulose e seda, entre outros. Além disso, cerca de 18% do nosso organismo é constituído por proteínas, que são polímeros naturais. A partir da primeira metade do século XX, quando o Químico alemão Hermann Staudinger (1881-1963, pioneiro no estudo da química dos polímeros, galardoado com o Prémio Nobel da Química em 1953) descobriu o processo de polimerização, a síntese de polímeros deixou de ser apenas um fenómeno natural. Desde então, o estudo dos polímeros naturais e principalmente dos sintéticos desenvolveu-se rapidamente. Actualmente, é difícil imaginar a vida humana sem a utilização de polímeros. Assim, a indústria de polímeros constitui um dos pilares do estilo de vida contemporâneo. É enorme a quantidade de bens que nos cercam, produzidos a partir de materiais poliméricos, uma vez que eles são utilizados em quase todas as áreas das actividades humanas, principalmente nas indústrias de automóvel, de embalagens, de revestimentos e de vestuário, e incorporam-se de forma permanente ao quotidiano das nossas vidas. Isso deve-se também ao facto dos polímeros sintéticos terem vindo a conquistar muitos mercados através da substituição de outros materiais, como papel, madeira e metais.

Pode o ar da sua casa estar a fazer mal à sua saúde?

Em http://home.howstuffworks.com/

Ainda há muita gente que considera que está a salvo da poluição ambiental quando entra na sua própria casa. No entanto, os cientistas têm vindo a demonstrar exactamente o contrário! O ar que inspiramos no interior das nossas casas contém muitas vezes poluentes em quantidade superior à que é encontrada no ar que respiramos no exterior.
Mas o que são e de onde vêm estes poluentes?
A maior parte destes compostos químicos irritantes, tóxicos, cancerígenos, etc. são trazidos para dentro de casa pelos seus próprios habitantes. Por exemplo, o tetracloroetileno (composto tóxico) entra consigo em casa quando trás da lavandaria a roupa que mandou limpar a seco, e o benzeno (composto cancerígeno) entra em sua casa agarrado à roupa que usava quando encheu o seu depósito de combustível. Os exemplos são inúmeros e aqui pretendemos apenas dar alguns que ilustram como a sua rotina diária pode contribuir para elevar os níveis de poluentes do ar no interior de sua casa.

O Ibuprofeno: Um fármaco com sucesso


O Ibuprofeno é um fármaco do grupo dos anti-inflamatórios não esteróides (do sub-grupo químico dos derivados do ácido propanóico), fármacos que têm em comum a capacidade de combater a inflamação, a dor e a febre. Tal como os outros anti-inflamatórios não esteróides actua inibindo a produção de prostaglandinas, substâncias químicas produzidas pelo corpo que causam inflamação e contribuem para a percepção de dor pelo cérebro. Reduz também a febre ao bloquear a síntese de prostaglandinas no hipotálamo, uma estrutura do cérebro responsável pela regulação da temperatura do corpo. O Ibuprofeno tem ainda propriedades anticoagulantes, diminuindo a formação de coágulos sanguíneos. Juntamente com o Ácido Acetilsalícilico (princípio activo da Aspirina e de outros medicamentos) e o Paracetamol (princípio activo do Ben-U-Ron, Tylenol e de outros medicamentos), o Ibuprofeno faz parte da lista de fármacos essenciais da Organização Mundial de Saúde.

O potencial anti-oxidante no dia-a-dia

Em http://trendsupdates.com/

Nos últimos anos, uma porção cada vez mais significativa de empresas ligadas à indústria alimentar tem investido num novo estilo publicitário: o dos alimentos que “fazem bem à saúde”. Um mecanismo recorrente é o de apontar, de entre as diversas propriedades dum alimento, o facto de este possuir anti-oxidantes. De facto, desde a beterraba aos sumos engarrafados, não esquecendo o vinho, os anti-oxidantes parecem estar em quase tudo o que se bebe ou come, com a nítida vantagem de melhorar “a saúde” em geral.
De facto, em geral, é verdade; os compostos com actividade antioxidante estão presentes em praticamente todos os alimentos coloridos que ingerimos e contribuem para eliminar substâncias nocivas do nosso organismo, chamadas radicais livres. Estes radicais são compostos muito reactivos (têm um electrão desemparelhado; geralmente, os electrões aparecem em pares) que, embora sejam necessários para o funcionamento do nosso organismo, quando em excesso podem atacar as nossas células, danificando-as. Os compostos com actividade anti-oxidante sofrem o ataque dos radicais mais facilmente que as células, inutilizando os radicais livres, que assim ficam inofensivos. O efeito dos radicais livres (em excesso) é no sentido de alterar e danificar tecidos vivos, pelo que os sintomas se traduzem em algumas doenças e, globalmente, no envelhecimento; o efeito dos anti-oxidantes pode encarar-se, a esta luz, como preventivo relativamente ao mau funcionamento das nossas células, que tanto pode provocar o envelhecimento da pele e outros órgãos, como por todo o tipo de tumores, cirroses, etc..

Nanoquímica: Um novo mundo?

Em http://jtpark.kaist.ac.kr/cont/cont2c.htm

Recentemente surgiu uma designação nova no panorama do noticiário científico, que felizmente é cada vez mais abundante na nossa comunicação social. Trata-se do prefixo nano, aplicado a várias palavras: nanotecnologia, nanomateriais, nanoquímica, etc.. Do que se trata?
Em 2005 uma firma japonesa colocou no mercado a primeira máquina de lavar loiça baseada nas nanotecnologias; graças a investigação de ponta é possível distribuir a água pela loiça em gotículas nano, tornando a lavagem mais eficaz e havendo uma poupança de água e de energia.
Mas o que é isso do nano?
Trata-se de um prefixo que é usado para designar um submúltiplo do metro, o nanómetro (nm). Nano, provém da palavra grega para anão e para muito pequeno. Esta é a unidade que melhor mede o tamanho das partículas de que são constituídos os nanomateriais.
Enquanto que um centímetro (cm) é a centésima parte do metro (m), ou seja, 1 cm = 0,01 m = 10-2 m, o nanómetro é a milésima milionésima parte do metro, ou seja 1 nm = 0,000000001 m = 10-9 m.

A Conservação dos Alimentos

Em http://www.accessexcellence.org

Apesar de os povos terem diferentes hábitos alimentares, a dieta humana assenta na necessidade de um certo número de nutrientes: proteínas, hidratos de carbono, lípidos, vitaminas e sais minerais. Os três primeiros, denominados macronutrientes porque o organismo humano necessita de os ingerir em quantidades relativamente elevadas, provêm sobretudo da ingestão de carne, peixe, ovos e diversos produtos de origem vegetal (cereais, leguminosas e tubérculos). Os dois últimos, os micronutrientes, provêm sobretudo da fruta e dos legumes.
Se alguns destes alimentos são ingeridos crus, como é o caso da fruta e de alguns vegetais, a grande maioria é sujeita a processamentos térmicos, cozedura tradicional por acção do calor, ou, mais recentemente, ao processamento por microondas. Estes permitem que os alimentos sejam transformados de forma a facilitar a sua posterior digestão pelo organismo humano. Com efeito, os amidos (polissacarídeos de grandes cadeias), tornam-se mais facilmente digeríveis após cozedura, uma vez que o processo os hidrolisa, transformando-os em cadeias mais simples, nomeadamente dissacáridos, como é o caso da maltose.

O Flúor e a Saúde Oral

Em http://us.123rf.com/

Um consumidor atento já terá visto que na constituição da sua pasta de dentes aparece um produto que contém flúor. Várias campanhas publicitárias relativas a produtos usados em higiene oral referem a presença de flúor de forma a convencê-lo a adquirir esses produtos.
O que é o flúor e porque faz parte da maioria dos produtos usados na higiene oral?
O flúor, símbolo químico F, é o décimo sétimo elemento mais abundante da terra que, na forma de ião fluoreto, ocorre naturalmente nas águas. A sua introdução em produtos usados para a higiene oral deveu-se a Frederick MacKay um jovem dentista americano que, em 1901, observou que os habitantes de Palm Springs, Colorado, tinham os dentes muito escuros mas sem cáries. Rapidamente associou esta observação aos níveis de flúor anormalmente elevados na água consumida naquela cidade. No entanto, só em 1945 é que MacKay comprovou cientificamente que a redução do número de cáries dentárias era devida ao flúor e que este efeito podia ser conseguido através do consumo de água com flúor em concentrações inferiores a 1 ppm (uma parte por milhão). Esta quantidade de flúor diminui o aparecimento de cáries mas não provocava o escurecimento dos dentes.

Química para Principiantes: (1) Sólidos, líquidos e gases

Em http://martine.people.cofc.edu/

Nesta mini série de artigos procuraremos dar-lhe conta de uma pequena parte dos conceitos de Química que constituem o B-A-BA desta ciência.
Qual é o objecto da Química. O que estuda, dentro da realidade que nos rodeia, complexa e multifacetada?
Essencialmente a Química estuda a matéria, tudo aquilo em que tocamos e sentimos, tudo o que possui massa é objecto da química. A transformação dessa matéria e a forma como ocorre são as preocupações dos químicos.
Sempre que se inicia o estudo da Química procura-se evocar os velhinhos filósofos gregos. Os senhores que mais são evocados a propósito do objecto da química serão Aristóteles e a teoria dos quatro elementos (Ar, Água, Terra, Fogo) e Demócrito e a teoria atomista.

Fig.1. Busto de Aristóteles em mármore. Museu do Louvre, paris.

Química para Principiantes: (2) Átomos e Moléculas

Em http://www.chemistryland.com

Hoje vamos tratar da constituição da matéria. E vamos evocar Demócrito e os atomistas.
Segundo Demócrito, tudo o que existe é constituído por partículas muito pequenas e indivisíveis, os átomos. A grande diferença entre elas seria no tamanho e o formato que possuíam. Como se um átomo de sumo de limão fosse aguçado, de forma a picar a nossa língua e a provocar a sensação de acidez e um átomo de açúcar fosse redondo para deslizar suavemente…

Fig.1. Busto de Demócrito

No fundo, para os mais novos, o Universo seria um gigantesco jogo de Lego, formado por blocos pequeninos de diferentes tamanhos e formatos que se encaixavam uns nos outros, e os deuses uns grandes brincalhões que passavam a vida a fazer (e a desfazer) construções de Lego…

O valor do pH


Falamos de quê, quando nos referimos ao pH?
Assim mesmo, com p minúsculo e H maiúsculo, pH designa um dos conceitos químicos mais interessantes pela importância das suas inúmeras aplicações no dia-a-dia, sempre que é fundamental ter em conta o carácter ácido (acidez) ou alcalino (alcalinidade) de um produto numa dada situação.
É no controlo de qualidade da água e das suas soluções que o conceito de pH tem uma das suas mais relevantes aplicações, em virtude da importância da água na alimentação e na saúde dos humanos e animais, no ambiente, em diversas indústrias químicas, biotecnológicas e farmacêuticas, na agricultura, piscicultura e indústrias relacionadas, pois, em todos, a água é essencial para os processos químicos ou biológicos que neles têm lugar.
Antes de respondermos à questão levantada, vejamos alguns dos conceitos fundamentais que melhor nos ajudam a entender o conceito de pH.

C(omo) S(aber) I(nvestigar): Química e Crime – O Caso das Impressões Digitais

CSI (Crime Scene Investigation ou em Português Crime Sob Investigação) é uma das séries com maior sucesso em todo o mundo. Mas atenção: Qualquer semelhança entre a série e o que acontece na realidade é pura coincidência, mesmo nos Estados Unidos da América. Só a título de curiosidade deixo alguns exemplos de cenas que todos vemos nas várias séries CSI (Miami, NY, Las Vegas) e que nunca aconteceriam na realidade:

  • A forma bonita, limpa e maquilhada como se realizam as autópsias,
  • O investigador de cena de crime que faz tudo, desde perseguir suspeitos até estar no laboratório a realizar múltiplas tarefas,
  • A inexistência de casos sem resolução,
  • O laboratório tem tudo (e mais alguma coisa….).
E não se pense que a nossa Polícia Judiciária, designadamente o Laboratório de Polícia Científica, isto é, os nossos CSI, é pior do que as polícias de outros países, antes pelo contrário temos uma alta reputação. Mas claro, não há polícias nem técnicas de análise infalíveis…

Soro Fisiológico: Um exemplo de uma solução química

Em http://www.promodental.com.br/

O Soro Fisiológico, produto de uso corrente no nosso dia a dia e de fácil acesso dado que é de venda livre em farmácias, supermercados, etc., não é mais do que uma solução aquosa de cloreto de sódio.
Já sei o que está a pensar, lá vem a Química. Então vamos lá…
Uma solução é uma mistura homogénea de duas ou mais substâncias. Numa solução designa-se por soluto a substância dissolvida e por solvente a substância na qual está dissolvido o soluto. O termo aquoso refere-se à utilização da água destilada como solvente. Assim o soro fisiológico é uma solução na qual o soluto é o cloreto de sódio, cuja fórmula química é NaCl e que não é mais do que o sal de uso alimentar, e o solvente é a água destilada.

Química, cebolas e lágrimas


A cebola é um alimento bem enraizado na cultura gastronómica portuguesa. É pouco calórica, possui proteínas, vitaminas e outros nutrientes benéficos para o nosso organismo. São conhecidas várias propriedades benéficas para a saúde, nomeadamente o seu poder anti-inflamatório, analgésico (diminui a dor), estimulante da circulação sanguínea, anti-alérgico, anti-cancerígeno, entre outras. Tem é um pequeno problema. A não ser que nunca tenha posto os pés numa cozinha para cozinhar e nunca tenha cortado uma cebola é que nunca lhe aconteceu. Quem já o fez conhece as consequências. Cortar cebolas e não chorar é quase como alguém sair de casa a chover e não se molhar. Por que choramos ao cortar uma cebola? Por que sentimos aquela sensação desagradável dos olhos a picar antes de irmos às lágrimas? Estes fenómenos têm razão de ser, como tudo na vida. A explicação? Está na Química, claro! Mais uma vez a Química desempenha um papel fundamental na explicação daquilo que já foi considerado em tempos um dos grandes enigmas da cozinha (ou do cozinheiro…). Então, comecemos a explicação pelo princípio…

Quiralidade e Medicina - Fármacos no espelho


O termo quiralidade está intimamente relacionado com a Química, contudo, é um fenómeno que se manifesta em tudo o que é Vivo. Se por um lado a explicação científica para este fenómeno é mais do que conhecida, já a sua origem permanece um mistério. Se existe nos compostos químicos associados à Vida, então deverá ter surgido antes desta, pois só assim a pôde condicionar e construir tal e qual a conhecemos. Para melhor compreender esta propriedade, de algumas moléculas, a melhor forma é compara-la com as mãos. Se repararmos, as nossas mãos são muito semelhantes, contudo, não são sobreponíveis uma na outra. Imaginando que entre elas existe um espelho, facilmente se chega à conclusão que ambas são a imagem uma da outra. Desta forma, diz-se que as nossas mãos são quirais e possuem uma propriedade chamada quiralidade. Esta propriedade é extensível ao mundo da química uma vez que muitas moléculas também possuem quiralidade.

Segredos do Mundo da Química: Catálise

Em http://pubs.acs.org/cen/news/86/i16/8616notw1.html

A química é fundamental no mundo actual. A sua presença pode ser destacada desde os combustíveis aos mais complexos medicamentos. Porém, a produção química também gera inúmeros inconvenientes, como a formação de produtos tóxicos e contaminação do ambiente e do próprio homem. Devido a esse facto, nos últimos anos, a pressão sobre as indústrias químicas tem aumentado significativamente, tanto através da sociedade civil, como das autoridades governamentais, no sentido de aprimorar o desenvolvimento de processos, que sejam cada vez menos prejudiciais ao meio ambiente. Dentro da problemática industrial, um dos principais problemas que se destaca é o grande volume de efluentes tóxicos produzidos por vários processos químicos. Dentro dos princípios da necessidade de um desenvolvimento sustentável, é fundamental que a química contribua para uma melhor qualidade de vida. O grande desafio é a continuidade do desenvolvimento, diminuindo os danos causados ao meio ambiente. Estes podem ser minimizados através de diversas vias, entre as quais, se tem destacado muito nos últimos anos a catálise química.

Segredos do Mundo da Química: Os Misteriosos Radicais Livres

Em http://healthfromthegroundup.com/

Com o passar dos anos, o aumento da poluição tem fomentado a ocorrência de uma maior quantidade de doenças provocadas pela acção de radicais livres. Radicais livres são espécies muito reactivas que contém menos um ou mais electrões e, ao serem altamente instáveis, têm tendência a formar outros radicais e substâncias com outras moléculas.
Os electrões são espécies de carga negativa que constituem os átomos. Átomos são partículas elementares constituintes da matéria e são compostos por um núcleo constituído por protões (carga positiva) e neutrões (sem carga) e à sua volta electrões (carga negativa). Estes são os componentes básicos das moléculas e da matéria. Uma molécula é um conjunto electricamente neutro de dois ou mais átomos unidos por pares compartilhados de electrões que se comportam como uma única entidade.

A Química agora é Verde

Em http://www.chem1.com/

A Química é a ciência da vida real…ou seja, tudo o que nos rodeia tem algum princípio químico, desde os plásticos existentes nas nossas casas, aos fármacos, combustíveis e até mesmo uma simples peça de roupa de poliéster contem um princípio químico. Na maioria dos casos a produção desses mesmos materiais é desenvolvida num conteúdo extremamente poluente e a sua produção a nível industrial, em massa, promove um conceito muito depreciativo do trabalho de um químico, intitulando-o de poluente, tóxico e nocivo, degradando o que nos rodeia e é único. Este conceito radicalista não é desprovido de fundamento e recordo lamentavelmente, o acidente decorrido em Seveso, Itália, em que a libertação de substâncias extremamente tóxicas para o ambiente provocou efeitos nefastos aos habitantes locais, tal como outros acidentes gravíssimos que ocorreram em refinarias, centrais nucleares ou qualquer outra unidade química.

Lipossomas e as suas aplicações na actualidade


Os lipossomas foram descobertos em 1960 pelo cientista inglês Alec Bangham. No entanto, somente 20 anos mais tarde as pesquisas em torno dessa estrutura foram intensificadas, alcançando, na actualidade, presença constante na indústria cosmética e farmacêutica.
Hoje em dia é vulgar falar-se de lipossomas em especial no que respeita à sua utilização em produtos de cosmética, particularmente, na composição de cremes hidratantes ou pomadas de aplicação cutânea.
Na área da cosmética, os lipossomas têm vindo a ser utilizados, tanto para aumentar a incorporação de substâncias activas nas células, como enquanto veículo de libertação controlada de princípios activos. Aqueles têm sido empregados na prevenção da queda de cabelos, promoção do crescimento capilar, desaceleração do processo de envelhecimento da pele, clareamento da pigmentação cutânea e prevenção e tratamento da lipodistrofia ginóide (vulgarmente conhecida por celulite).

As “Temíveis” Calorias

Em http://www.hellodaly.com/

A palavra paira no ar …. Especialmente quando nos apetece uma deliciosa fatia de bolo chocolate, um refrescante gelado, uma taça de morangos com chantilly ou…
Pensava que escapava por não ser guloso? Então desengane-se… muita atenção aquela cerveja bem fresquinha ou a um fumegante chouriço assado…
É melhor ficar por aqui porque senão ninguém vai conseguir ler o texto até ao fim…
Mas afinal o que é a caloria?
A caloria (cal) é uma unidade de energia que não pertence ao sistema internacional (SI) e cuja relação com a unidade do SI, o joule (J), é 1cal = 4,184 J. No contexto da nutrição fala-se normalmente em “grandes calorias” que são, de facto, quilocalorias, isto é,
1Cal (1kcal) = 1000 cal = 4,184 kJ.

Usando a natureza como modelo: do salgueiro à aspirina



A natureza e em particular algumas plantas têm sido utilizadas pelo Homem desde a mais remota antiguidade para o tratamento ou prevenção de doenças. A medicina convencional ocidental requer a utilização de compostos activos puros e, apesar destes terem inicialmente sido muitas vezes isolados de plantas, actualmente os medicamentos são quase sempre produzidos pela indústria farmacêutica. Existem várias razões para isto acontecer: o material vegetal de onde foi isolado o composto é difícil de obter; o composto está presente no material vegetal em quantidades muito pequenas ou é instável uma vez isolado; a actividade farmacológica do composto puro é relativamente baixa ou induz efeitos secundários indesejáveis. Nestas situações os cientistas determinam que parte da estrutura química do composto é importante para a sua actividade biológica (esta parte é denominada farmacóforo), e que substituições na composição química podem ser feitas para aumentar a actividade biológica e eliminar efeitos secundários indesejados. São efectuados estudos no laboratório, em que são produzidos vários compostos semelhantes ao composto original isolado da planta e assim, consegue-se estabelecer a forma como actividade biológica varia com a estrutura química.

Medicamentos e plantas

Em http://www.ncsimplyherbal.com

A maior parte das pessoas pode ficar surpreendida ao saber que 25% dos medicamentos que adquire na farmácia foram desenvolvidos a partir de compostos químicos isolados a partir de plantas, subindo o número para 40%, se forem considerados também aqueles medicamentos que têm a sua origem em compostos produzidos por microrganismos. Dificilmente se reconhecem hoje nos comprimidos que tomamos, os chás, as tinturas e os xaropes associados aos ervanários. No entanto, foi através do reconhecimento pelo Homem do poder curativo de certas plantas que nasceu e se desenvolveu a farmácia tal como hoje a conhecemos.
Todas as culturas nas diferentes partes do mundo desenvolveram um conhecimento das plantas locais que lhes permitiu o seu uso para fins terapêuticos. Chegaram aos nossos dias fontes escritas da Babilónia, Egipto, Índia e China onde são descritos os procedimentos relativos à recolha, manuseamento e uso dos diferentes materiais vegetais com vista à valorização do seu poder curativo.

A química por detrás do amadurecimento da fruta

Em http://postharvest.ucdavis.edu/

Certamente já reparou que quando coloca uma peça de fruta bem madura em contacto com outras mais “verdes”, estas amadurecem rapidamente. Também já deve ter reparado que este fenómeno ocorre principalmente no verão, quando a temperatura é mais elevada. Se já se deu conta destes fenómenos, já fez uma observação científica sem se ter apercebido. Vamos lá então organizar as ideias… Então por que razão a fruta amadurece mais rapidamente em contacto com outra bem madura? A resposta está na química. A fruta madura ou “tocada” produz e liberta etileno, uma substância capaz de iniciar uma reacção química na qual o amido é convertido em açúcar. Assim, o etileno libertado por uma fruta induz o amadurecimento noutra que esteja próxima. Esta substância é normalmente produzida em pequenas quantidades pela maioria das frutas e também pelos vegetais. As bananas, peras, maçãs, pêssegos e melões, por exemplo, produzem quantidades mais elevadas pelo que são capazes de induzir um amadurecimento mais rápido noutras frutas. A acção química do etileno é mais lenta a temperaturas baixas pelo que se explica por que razão não se observa tanto o seu efeito na fruteira lá de casa durante o tempo mais frio.

Minas Abandonadas – um problema sério


Desde a pré-história que o Homem explora os recursos mineiros com vista à obtenção de matérias primas que possam satisfazer as suas necessidades. A abertura e fecho de instalações industriais destinadas à produção e tratamento de minérios tem sido ditada por factores económicos e tecnológicos. Embora a actual legislação portuguesa garanta um encerramento das unidades mineiras consentâneo com o desenvolvimento sustentável, no passado, o abandono das áreas afectadas pela exploração de recursos minerais foi efectuada sem os devidos cuidados e constitui uma importante fonte de contaminação antropogénica, susceptível de criar alterações no meio ambiente, desde as mais imperceptíveis até às que causam severos impactos sob o meio circundante onde se instalaram.
As zonas de acumulação de desperdícios (escombreiras) das minas metalíferas abandonadas encontram-se na maioria dos casos a céu aberto, estando deste modo expostas a intempéries, o que possibilita a contaminação de águas, sedimentos, solos e vegetação provocada pela dispersão e subsequente acumulação de elementos químicos tóxicos, nomeadamente metais pesados. O impacto ambiental é especialmente intenso quando o minério era essencialmente constituído por sulfuretos. Estes minerais são particularmente instáveis nas condições prevalecentes na superfície da Terra dando origem a águas ácidas e ricas em metais pesados poluentes que integravam o minério.

Química Orgânica: Sempre Presente!

O que é química orgânica? A química orgânica é o ramo de química que trata de substâncias ou compostos contendo carbono e hidrogénio como os seus elementos principais (também, frequentemente encontra-se elementos como oxigénio, azoto, fósforo, enxofre, etc).
A química orgânica tem uma presença constante na nossa vida quotidiana e tem uma ligação forte com áreas importantes, como por exemplo, saúde, agricultura, energia, ambiente, transporte, etc (vamos ver vários exemplos).
A química orgânica abrange uma área enorme e foi estimado que o número de substâncias orgânicas que pode existir é mais de 1060 (1 seguido por 60 zeros!), um número tão grande que ultrapassa o número de estrelas no universo visível!
Os compostos orgânicos são de dois tipos; naturais e sintéticos. Os naturais são feitos (biosintetizados) pela Mãe Natureza e os sintéticos pelo homem nos seus laboratórios e fábricas.

Cortiça: outras aplicações

A cortiça, material nobre e ancestralmente utilizado (3000 anos a.C.), apresenta posição fundamental na economia nacional. A nível mundial Portugal lidera a produção de cortiça, constituindo os produtos directos e indirectos da actividade corticeira uma das principais parcelas da nossa carteira de exportações. Além desta vertente puramente económica (floresta e industria), nunca é demais relembrar a função social e ecológica desta cultura (Montado de Sobreiro). Estas últimas manifestam-se fixando as populações nas zonas rurais e simultaneamente contrariando o avanço da desertificação e assegurando a estabilidade do ecossistema mediterrânico (fauna e flora) e em especial do Montado Alentejano.
Nesta perspectiva tudo o que puder ser feito para alargar o leque de aplicações deste material contribuirá decisivamente para conter a ameaça que paira sobre esta espécie protegida (Sobreiro). Este pequeno apontamento mostra o que está a ser feito neste domínio pelo Departamento de Química e o Centro de Química da Universidade de Évora. Assim, além das tradicionais aplicações da cortiça com as quais nos cruzamos com alguma frequência (essencialmente rolhas e aglomerados de múltiplas aplicações), outras há que têm surgido, provavelmente menos conhecidas, desde novas aplicações na indústria automóvel até fonte de substâncias para a industria farmacêutica, passando por aglomerados rígidos muito próximos em termos de comportamento da madeira, indústria aeroespacial, agente de limpeza, agente aglomerante, acessórios de moda, vestuário, entre muitas outras. Este enorme leque de aplicações resulta da feliz coincidência de num material natural estarem reunidas inúmeras propriedades ímpares, que passam por uma excelente capacidade de isolamento térmico, eléctrico e acústico; uma admirável resposta quando submetida à compressão, à tracção e torção, e finalmente, não menos importante resposta quando em contacto com líquidos. Este comportamento exemplar e extraordinário da cortiça resulta claramente da sua estrutura alveolar tridimensional semelhante à de um favo de mel e à sua composição química [1,2].

Podem os medicamentos que usamos prejudicar o meio ambiente?

Em http://robertocarlospt.files.wordpress.com/

Os fármacos têm um papel importante na prevenção e tratamento das doenças do homem e dos animais. A segurança para os consumidores está protegida por legislação que obriga a indústria farmacêutica a prolongados estudos para avaliar possíveis reacções adversas desses medicamentos nos seus utilizadores. Em contraste pouco se sabe sobre os possíveis efeitos destes compostos nos organismos aquáticos ou terrestres que possam acidentalmente entrar em contacto com eles.
Os medicamentos podem ser libertados no meio ambiente de várias formas (ver Figura). Após administração em humanos, parte dos fármacos ou produtos resultantes do seu metabolismo no corpo são excretados nas fezes e urina sendo encaminhados para as estações de tratamento de águas residuais (ETARs). Estes produtos são só parcialmente removidos nas ETARs acabando por chegar em pequenas quantidades aos cursos de água. A contaminação provocada pelos medicamentos de uso veterinário é geralmente mais problemática uma vez que muitas vezes a excreção é feita directamente para o ambiente sem qualquer tratamento prévio. A outra via importante de entrada destes contaminantes no meio ambiente resulta do descarte indevido de medicamentos ou das suas embalagens.

Química por detrás de um airbag


O airbag é, actualmente, um componente essencial na segurança dos ocupantes num automóvel. Os airbags encontram-se disponíveis desde finais da década de 1980, apesar de terem sido inventados em 1953. Como a maior parte dos leitores deverá saber, os airbags podem ser dispostos em diferentes partes do veículo recebendo, em conformidade, as designações de airbags frontais, traseiros e laterais. O airbag funciona de um modo relativamente simples. Quando um veículo sofre um grande impacto vários sensores dispostos em partes estratégicas do mesmo são accionados electronicamente, fornecendo essa informação para uma unidade de controlo que por sua vez analisa qual o sensor que foi atingido e assim acciona o airbag mais adequado. Quando accionado, o airbag enche e amortece assim o choque, evitando que os passageiros sofram danos físicos graves. Para evitar o sufocamento o airbag vai perdendo pressão após o accionamento. É claro que o tempo em que todo este processo se desenrola é essencial para salvar vidas após uma colisão. Desde o choque até ao momento em que o airbag é accionado decorrem apenas 40 milissegundos, ou seja, cerca de 25 vezes menos que 1 segundo.
O que faz realmente o airbag insuflar? É aqui que entra um pouco de química…

Como funcionam os detergentes


O uso de sabões e detergentes vem já da Antiguidade. Já no ano 2800 antes de Cristo existem evidências do uso de sabão na Babilónia. Os Egípcios antigos, ano 1500 antes de Cristo, tomavam banho regularmente com sabão. Mas vamos ao que interessa. Vamos pensar, por exemplo, que temos uma peça de roupa suja de gordura. Todos sabemos que a lavagem só com água não vai remover esta nódoa isto porque a gordura repele a água da mesma forma que azeite e água não se misturam. Contudo, se adicionarem um pouco de detergente a lavagem vai ser possível pois o composto químico que está no detergente tem duas partes distintas: uma parte que gosta da água (hidrófila) e outra parte que gosta da gordura (hidrófoba). Esta última parte liga-se à gordura e a parte hidrófila é arrastada na água de lavagem conseguindo assim arrancar a nódoa da roupa. A gordura quando sai da roupa é rapidamente envolva em detergente ficando no interior de uma bola, chamada micela, que é amiga da água e portanto vai para o cano com a água de lavagem. Em casa podem fazer uma pequena experiência que ilustra bem este princípio químico: num pequeno copo coloquem água e azeite e agitem; o que acontece? Passado pouco tempo a água e o azeite separam-se. Em outro copo coloquem água, azeite e um pouco de detergente e agitem; o que acontece? a água e o azeite misturam-se pois formam micelas e demoram muito mais tempo a separar-se.

A Química "doce" do vinho


A definição enológica e legal designa o vinho como um produto natural obtido exclusivamente pela fermentação alcoólica, total ou parcial, de uvas frescas ou do mosto de uvas frescas.
O vinho é, desde tempos longínquos, um elemento fundamental da cultura gastronómica. Era já um hábito alimentar entre os sicilianos, no ano 2000 a.C., assim como dos Egípcios. Na Ilíada e na Odisseia, Homero cita sempre o vinho nos banquetes dos seus heróis. Os Romanos iriam transportar consigo a técnica da cultura da vinha durante a expansão do seu império. No século III d.C. as zonas vinícolas da Europa (Vitis Vinífera) eram sensivelmente as mesmas de hoje.
O vinho existe, portanto, há muito mais tempo do que a Química considerada como ciência moderna.
A Química do vinho é extremamente complexa e ainda hoje não é totalmente conhecida. Os avanços tecnológicos desta ciência permitiram progressos gigantescos na compreensão dos processos naturais que se produzem no interior do vinho.
No início do século XX apenas eram conhecidos pouco mais de meia dúzia de compostos químicos constituintes do vinho, nos anos 40 cerca de 50 e, actualmente, já foram identificados mais de 600. A presença de tão grande quantidade de compostos químicos no vinho aliada à sua grande diversidade ilustra, sem margem para dúvidas, o seu elevado grau de complexidade.